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Campanha da Fraternidade e a Fraternidade em Campanha

Atualizado: 28 de jun. de 2021


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Realizada anualmente no período da Quaresma – momento propício à conversão e à oração, a Campanha da Fraternidade é uma proposta da Igreja no Brasil para despertar a solidariedade dos fiéis e da sociedade para uma situação que faz a sociedade sofrer.

Desde o ano de 1964 tem sido escolhido um tema e um lema para motivar os fiéis cristãos no Brasil. Esse ano a CNBB propôs como tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, e como lema “Eu vim para servir”, inspirado no trecho bíblico do Evangelho de Marcos, capítulo 10, versículo 45.

Com essa proposta a igreja no Brasil retoma as discussões da Doutrina Social da Igreja, iniciada em 1891 com o Papa Leão XIII, e volta seu olhar para as carências sofridas pela população brasileira, ferindo sua dignidade humana, de filhos de Deus, sua imagem e semelhança.

Historicamente, os temas de discussão da CF viveram 3 momentos. Inicialmente, discutiam a Renovação Interna da Igreja (o papel da Igreja e do Cristão), alguns anos depois o foco estava na Realidade Social do Povo (a questão do Pecado Social) e, atualmente, os temas têm se voltado para as Situações Existenciais do Povo de Deus.

Apesar de ser coordenada pela CNBB, a Campanha da Fraternidade é responsabilidade de todos os batizados, convidados a rezar e a promover ações pastorais vinculadas ao tema, ao longo de todo o ano. Dessa forma, o período quaresmal inaugura um momento de Diálogo com a sociedade com foco na justiça social e na superação do Pecado Social, não podendo acabar na quarta-feira de cinzas!

Estruturada em três eixos: Ver, Julgar e Agir, a CF utiliza-se de um método catequético que visa exercitar o senso crítico do cristão, conduzindo-o à plena consciência de seus atos e a uma ação fundamentada na reflexão, com base nos ensinamentos de Cristo, levando-o a assumir o compromisso de transformação da sociedade.

Apresentar para a sociedade uma perspectiva de Vivência Evangélica comprometida deve gerar em nossas comunidades conversão – mudança de mentalidade e de vida. A conversão cristã será demonstrada na medida em que aprofundemos-nos, à luz do Evangelho, no diálogo e na colaboração com a sociedade, proposta já discutida no Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus.

As mudanças profundas e constantes sofridas pela sociedade brasileira apontam para um novo tempo, gerador de crises e angústias na vida pessoal, nas instituições e nas várias dimensões da sociedade. Contudo, são essas mudanças que nos indicam uma oportunidade para que, como cristãos, convertamos nossa vida em uma vida cristã mais intensa e atuante.

O serviço das comunidades católicas na sociedade tem como missão o serviço em favor do bem integral da pessoa humana, e a mensagem do Evangelho exige dos cristãos o direito e o dever de participar da vida da sociedade. O modo pelo qual a Igreja dialoga com a sociedade é o serviço cooperativo em favor da verdade, da justiça e da fraternidade em vista do bem comum.

Apesar de não caber às Igrejas e a qualquer outra instituição religiosa a definição dos destinos da sociedade – sobretudo num estado laico, o direito à manifestação e à intervenção por meio do testemunho e da exposição de suas doutrinas e posicionamentos éticos, são militâncias em favor da dignidade humana e da justiça social que podem e devem ser efetivados.

A Igreja não tem partido nem apoia nenhum partido. A sua participação na sociedade se caracteriza pelo fomento de valores em prol da vida, da dignidade das pessoas e do bem comum, a partir de Jesus Cristo. É o seu modo de servir!

A atuação do cristão na política é uma exigência de sua missão de testemunhar o Evangelho na vida. O Papa Francisco nos chamou a unir forças com os homens e mulheres de boa vontade que desejam ser construtores do desenvolvimento humano integral e, em sua mensagem ao Brasil por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade deste ano, o Papa disse que: “... quando Jesus nos diz 'Eu vim para servir', nos ensina aquilo que resume a identidade do cristão: amar servindo”.

Que nosso caminho quaresmal nos conduza à vida nova que Cristo nos oferece, transformando nossa dimensão pessoal e social, de modo que nos coloquemos com intensidade e disponibilidade a serviço do bem comum, sobretudo em favor daqueles que se encontram à margem da sociedade.

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profMárioCosta

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