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Sobre o sentido da vida e a realização humana

Atualizado: 28 de jun. de 2021


Quantas vezes já paramos para pensar naquilo que nos realiza na vida?

Um ser humano minimamente interessado em ser feliz já deveria tê-lo feito algumas dezenas de vezes, a partir do momento em que se percebe gente!

A realização humana, diferente da realização animal – fundada na satisfação do instinto, reside na satisfação das suas necessidades básicas em determinado ambiente, mas, sobretudo, na satisfação das necessidades por ele consideradas importantes. E o que realmente importa ao ser humano, sobretudo nos dias atuais?

Talvez na resposta a essa pergunta resida todo o sentido da existência humana e do existir individual de cada homem sobre a Terra!

Para esboçarmos uma resposta para essa pergunta – já que toda busca por respostas é a abertura de infinitas possibilidades, encontramos, dentre as muitas teorias apresentadas pelas Ciências Humanas, o pensamento de Maslow, para quem “todo ser humano possui um valor básico e um objetivo central que almeja, realizando, por meio deles, suas potencialidades em busca de sua plenitude humana”.

Um ser pleno, portanto, é um ser que, conhecedor de si mesmo, com consciência dos valores que possui, assimilando-os e os colocando como força motriz para a efetivação de suas ações, das mais simples às mais complexas. Não há sentido na vida se o comportamento, as ações cotidianas que realizamos, são executadas à revelia da consciência, já que esta (a consciência) é a característica que nos distingue dos demais seres que povoam o universo.

São os valores que possuímos – e a consciência que possuímos deles, que determinam nosso caminhar em busca da realização plena. Se aquilo que valorizamos motiva nossas ações, consequentemente, nossos passos são dados em consonância aos nossos valores e, a autorrealização, revela-se uma necessidade, já que, é nela e por meio dela, que encontramos o sentido de nossa existência.

Parece estranho conduzir o pensamento por essa linha já que somente nos damos conta de nossos valores, com um pouco mais de solidez e propriedade, quando mais avançada a nossa idade e, consequentemente, nossa experiência de vida, conquistada NA vida. Trocando em miúdos, é como se pudéssemos afirmar, num raciocínio lógico simples, que: ‘Se a autorrealização depende do conhecimento e da assimilação de nossos valores; e se o conhecimento e a assimilação de nossos valores se solidificam com o passar dos anos e da experiência de vida; logo, ao ser humano só é possível realizar-se plenamente após certa idade e vivências’.

Não é uma filosofia do conformismo, do “senta e espera”, ou mesmo do jargão popular que insiste em colocar aqueles que possuem experiência (mais idade) em posição superior àqueles que ainda não a tiveram. É, ao contrário, uma filosofia que tranquiliza aqueles que se encontram eufóricos em ser felizes ou autorrealizados hoje, devendo pensar que não terão autorrealização – pelo menos não plena, antes de se permitir experienciar a vida, de modo imparcial, vivendo e sentindo seus momentos e nuances, conduzindo cada passo com a atenção necessária à absorção das mensagens implícitas em cada segundo da existência.

Muitos desejam, no modelo instantâneo de felicidade vigente, ser felizes “pra ontem”, numa pressa descomedida como se o mundo fosse acabar – e de fato vai, pois todos morrem. Mas fica sem resposta a pergunta: ‘Essa correria para aproveitar cada dia como se fosse o último tem sentido sem encontrar na vida o seu real sentido?’.

O ser feliz hoje, sem consciência ou ponderação, pode custar a autorrealização sólida de amanhã. Quem vive sem considerar a existência do amanhã pode condenar-se a um futuro vazio e de penas insuportáveis à alma. Talvez valha mais a velocidade moderada com a assimilação dos valores e do sentido de existir a uma corrida tresloucada que, ao chegar na linha de chegada, revelará que o troféu não era o alvo, mas sim o percurso até encontrá-lo.



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profMárioCosta

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Espero que a leitura tenha sido proveitosa e agradável. Volte sempre!

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