E o cordão dos “puxa saco” cada vez aumenta mais!
- por Mário Costa
- 13 de jun. de 2016
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de jun. de 2021

Não é à toa que a sabedoria popular eternizou essa frase!
Desde que o ser humano descobriu o poder e, paralelamente a ele, surgiu o interesse, sempre há quem, querendo se valer de benefícios decorrentes daquele que desfruta o poder, acaba sendo o famoso “puxa saco”.
Até ontem bajulavam aquele.
Hoje, com a mudança do poder de mão, passam a bajular esse.
Mesmo que sejam antagônicos, aquele que antes era lindo passa a ser feio e o que era feio passa a lindo. Mas é como dizia a minha avó: “quem ama o feio, bonito lhe parece”. Se bem que aqui não se trata de amor, mas de conveniência, de manutenção do poder ou da proximidade daquele que o detém.
Não sei se sou idealista demais, mas a mim não servem relações objetáveis, interesseiras, mentirosas e oportunistas! Tão logo as percebo, descarto.
Num primeiro momento, confesso, me causa inquietação e certa frustração olhar aqueles que outrora me bajulavam, e por quem, com lamento, até cheguei a nutrir certa afeição, carinho e respeito. Contudo, como também revela a sabedoria dos antigos, “nada há de escondido que um dia não venha a ser revelado”. O lamento converte-se em festa, pois estar privado de tal convívio é benção divina concedida àqueles que não são merecedores de tais relações.
E assim vamos vivendo e aprendendo.
Consumindo e sendo consumidos... Sentindo e sendo sentidos...
Não sei pensar o que se revela mais danoso ao homem: desejar a honra ou buscá-la a qualquer custo. Há quem a deseje, mas a espera chegar, tranquilamente, como fruto de seu mérito e trabalho. Contudo, há aqueles que, na ânsia de possuí-la, atropelam a tudo e a todos, difamam uns, delatam outros, até mesmo aqueles a quem, dias atrás, adulavam, elogiavam e aplaudiam.
A cada dia é mais complexo ser gente, até porque, muitos há que não demonstram sê-lo.
É difícil manter-se acreditando no ser humano, até porque, poucos há que o sejam efetivamente, já que, ser humano não é ter nascido fazendo parte da espécie humana, é fazer parte dela, honrando-a e comportando-se com a dignidade que ela merece.
Aos desavisados, estejam seguros de que todo cuidado é pouco, pois o cordão dos “puxa saco” é tecido com linha frágil, e o mesmo nó com que se amarra e cresce hoje, é o mesmo ponto de nó que o desfaz amanhã!

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