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A Religião Unifica ou Separa?

  • 24 de mar. de 2024
  • 3 min de leitura

Você já parou para refletir sobre o papel da religião na história da humanidade?


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Às vezes, parece que a religião está mais associada a conflitos do que à união. Mas será que é isso mesmo? Vamos explorar juntos essa questão!

Tem sido comum vermos a religião sendo apontada como fonte de discriminação, discórdia e desunião. Até no seio das próprias igrejas vemos tal comportamento segregador e separatista, com 'correntes' e 'linhas' que dividem o 'rebanho'. No entanto, há um aspecto importante a considerar: a religião já foi, em tempos passados, um dos maiores unificadores da humanidade, ao lado do dinheiro e dos impérios.

Vamos pensar um pouco sobre isso. A exemplo do que escreve Yuval Harari em Sapiens - obra que inspirou a escrita desse artigo, as sociedades humanas são estruturas frágeis, e quanto maior a sociedade, mais frágil ela se torna.

Nesse contexto, a religião desempenhou um papel vital ao conceder legitimidade a essas estruturas frágeis. Ela garantia que as leis e normas não eram apenas caprichos humanos, mas sim ordens divinas, estabelecidas por uma autoridade suprema.

A religião, portanto, pode ser vista como um sistema de normas e valores humanos baseados na crença em uma ordem sobre-humana. Isso implica duas características principais: a defesa da existência de uma ordem sobre-humana e a estabelecimento de normas e valores vinculativos baseados nessa ordem.

Mas nem todas as religiões exerceram esse potencial de unificação. Para unir grupos diferentes de seres humanos sob sua égide, uma religião precisava ser universal e missionária. As religiões universais e missionárias, como o Islã e o Budismo, foram fundamentais para a unificação da humanidade.

É importante ressaltar que nem todas as religiões foram universais e missionárias. Muitas eram locais e exclusivas, centradas em divindades e rituais específicos de determinadas regiões. As religiões universais e missionárias surgiram apenas no primeiro milênio antes de Cristo, revolucionando a história da humanidade.


Diante de tudo isso, cabe uma reflexão:

o que a religião tem perdido em meio aos "novos valores sociais" da modernidade?

Será que ela ainda desempenha seu papel de unificador da humanidade?

Ou será que está sendo corroída por outras forças?


Essas são questões complexas que merecem nossa atenção e reflexão. Afinal, entender o papel da religião na história e na sociedade pode nos ajudar a compreender melhor o mundo em que vivemos e as forças que moldam nossa existência.


Desafiando os Limites: A Institucionalização de Deus

E, você já parou para pensar sobre como as religiões muitas vezes tentam institucionalizar Deus?

É uma reflexão intrigante que nos leva a questionar se ao tentar colocar regras e limites sobre o divino, não estamos, na verdade, descaracterizando sua soberania plena.

As religiões, especialmente as monoteístas, frequentemente buscam estabelecer uma estrutura de poder e controle em torno da figura divina. Elas apresentam dogmas, doutrinas e códigos morais que supostamente refletem a vontade de Deus.


No entanto, essa tentativa de "domesticar o divino"

pode nos levar a uma contradição profunda!


Ao tentar definir Deus dentro de limites humanos, estamos limitando sua natureza transcendente e infinita. Afinal, como podemos confinar o ilimitado dentro de limites? Essa questão nos confronta com a possibilidade de que nossas tentativas de compreender e controlar Deus podem, na verdade, estar nos afastando da verdadeira essência do divino.

Além disso, a figura masculina associada a Deus em muitas religiões também é um ponto interessante de reflexão. Ao atribuir características humanas, como gênero, a uma entidade que transcende a própria humanidade, corremos o risco de limitar nossa compreensão do divino e reforçar estereótipos de gênero que podem ser prejudiciais.

É importante questionar se ao institucionalizar Deus, não estamos apenas projetando nossas próprias limitações e preconceitos sobre o divino.


Será que realmente podemos compreender plenamente a mente e a vontade de Deus através de nossas estruturas religiosas e doutrinas estabelecidas?


Essas questões nos desafiam a repensar nossa relação com o divino e a considerar se estamos verdadeiramente abertos à magnitude e à diversidade do sagrado. Talvez seja hora de abandonar nossas noções preconcebidas e abrir espaço para uma compreensão mais ampla e inclusiva do divino, que transcenda as fronteiras da religião institucionalizada. Afinal, como podemos colocar limites em algo que é infinito e além de nossa compreensão?

PENSE NISSO!




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profMárioCosta

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Espero que a leitura tenha sido proveitosa e agradável. Volte sempre!

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