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Como os Sentidos nos Levam a Aprender Sem Pensar

  • 4 de abr. de 2024
  • 4 min de leitura
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Hoje vou abordar um assunto que me empolga bastanste o estudo e a leitura: a Aprendizagem Perceptiva!

As pesquisas e descobertas de como nossos sentidos desempenham um papel fundamental no processo de aprendizagem, muitas vezes nos levando a adquirir conhecimento sem nem mesmo percebermos, é algo bastante provocante.

Espero que gostem!





Aprendizagem Perceptiva


Você já parou para pensar como aprendemos

coisas novas todos os dias, quase que automaticamente?



A teoria da pesquisadora Eleanor Gibson (biografia abaixo) nos ajuda a entender esse fenômeno e como isso impacta a educação de nossas crianças, desde a primeira infância até o ensino médio.

Imagine uma criança na sala de aula, observando um livro ilustrado. Enquanto ela examina as cores vibrantes e as formas interessantes, seus olhos estão absorvendo informações, mesmo que ela não esteja conscientemente pensando sobre o que está vendo.

Aqui entra a Aprendizagem Perceptiva: a ideia de que nossos sentidos, como visão, audição, tato, olfato e paladar, desempenham um papel fundamental na absorção do conhecimento.

Eleanor Gibson, uma renomada psicóloga do desenvolvimento, nos trouxe contribuições valiosas sobre como percebemos o mundo ao nosso redor. Sua Teoria da Aprendizagem pela Percepção Direta nos ensina que aprendemos através da exploração ativa do ambiente. Ou seja, nossos sentidos nos guiam nessa jornada de aprendizado, permitindo que absorvamos informações valiosas sem nem mesmo percebermos.


E o que isso significa para educadores e pais?


Significa que podemos aproveitar essa capacidade natural de aprender tornando o processo educacional mais envolvente e eficaz. Desde atividades sensoriais na Educação Infantil até projetos interdisciplinares no Ensino Médio, podemos incorporar experiências perceptivas que estimulam o aprendizado de forma mais holística e divertida.

Ao observarmos uma criança brincando, explorando ou simplesmente observando o mundo ao seu redor, lembremo-nos do poder dos sentidos na aprendizagem. Que possamos incentivar o aprendiz perceptivo que existe dentro de cada um de nós, abraçando a maravilha de aprender sem nem mesmo perceber!

Aprendemos muito mais do que imaginamos em nosso dia a dia, muitas vezes sem sequer percebermos. Esse tipo de aprendizado, muitas vezes chamado de aprendizado implícito ou incidental, ocorre de forma natural e espontânea, à medida que interagimos com o mundo ao nosso redor. Desde a infância até a vida adulta, estamos constantemente absorvendo informações, adquirindo habilidades e internalizando conhecimentos, muitas vezes sem nos dar conta do processo.

Esse tipo de aprendizado é especialmente poderoso na infância, quando as crianças estão em um estado de curiosidade e exploração constante. Durante os primeiros anos de vida, os sentidos desempenham um papel fundamental nesse processo. As crianças tocam, cheiram, ouvem, saboreiam e observam o mundo ao seu redor, absorvendo informações sensoriais que ajudam a construir suas compreensões sobre o ambiente e as pessoas ao seu redor. Por exemplo, ao brincar com os tradicionais blocos de encaixe e montagem, uma criança pode não estar consciente de que está aprendendo sobre formas, cores e física, mas está internalizando esses conceitos de maneira significativa.

Na escola, podemos potencializar esse tipo de aprendizado por meio de abordagens educacionais que enfatizam a experiência sensorial, a descoberta guiada e a imersão em ambientes de aprendizagem ricos e estimulantes.


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Tem MATERIAL COMPLEMENTAR PARA EDUCADORES sobre esse tema aqui no Blog... Pega lá!


Atividades que envolvem a exploração sensorial, como experimentos científicos práticos, atividades artísticas e projetos interdisciplinares, permitem que os alunos absorvam conhecimento de forma mais profunda e significativa, conectando-se diretamente com os conceitos que estão aprendendo.

Além disso, ao reconhecer a importância do aprendizado implícito, os educadores podem incorporar estratégias de ensino que promovam a reflexão e a consciência metacognitiva dos alunos sobre seu próprio processo de aprendizagem. Ao encorajar os alunos a refletirem sobre como aprendem melhor, reconhecendo suas preferências sensoriais e estratégias eficazes, podemos capacitá-los a se tornarem aprendizes mais autônomos e eficazes ao longo da vida.

O aprendizado "sem percebermos" é uma parte essencial de nossa jornada educacional e de desenvolvimento. Ao reconhecer e valorizar esse tipo de aprendizado, tanto em casa quanto na escola, podemos criar experiências de aprendizagem mais autênticas, envolventes e significativas, capacitando os alunos a se tornarem exploradores curiosos e aprendizes ao longo da vida.

Espero que tenham gostado desse conteúdo. Continuem acompanhando as publicações diárias, e estejam atentos aos conteúdos educativos e aos materiais complementares que podem ajudar em sua prática pedagógica!



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COMPARTILHAR! Veja + sobre percepção no Portal Insights: https://www.portalinsights.com.br/perguntas-frequentes/em-que-consiste-a-percepcao

MINIBIO

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Eleanor Jack Gibson

(07/12/1910 - 30/12/2002)


Foi uma proeminente psicóloga do desenvolvimento conhecida por suas contribuições significativas para a compreensão da percepção e do desenvolvimento infantil. Nascida em Peoria, Illinois, nos Estados Unidos, Gibson obteve seu doutorado em psicologia experimental na Universidade Yale em 1938.

Ao longo de sua carreira, Gibson desenvolveu uma série de teorias e experimentos inovadores que revolucionaram nossa compreensão da percepção visual e do processo de aprendizagem. Sua pesquisa seminal incluiu estudos sobre a percepção de profundidade em bebês e a importância da percepção direta na aprendizagem.

Uma de suas contribuições mais conhecidas é a Teoria da Aprendizagem pela Percepção Direta, que postula que os indivíduos aprendem através da exploração ativa do ambiente e da percepção direta das informações sensoriais. Essa teoria teve um impacto profundo não apenas na psicologia do desenvolvimento, mas também na educação e na compreensão das capacidades cognitivas dos seres humanos. Ao longo de sua vida, Gibson recebeu inúmeras honras e prêmios por suas realizações, incluindo a Presidência da Associação Americana de Psicologia em 1984. Seu legado perdura através de suas obras influentes e seu impacto duradouro na compreensão do desenvolvimento humano. Eleanor Gibson faleceu em 30 de dezembro de 2002, deixando para trás um legado extraordinário que continua a inspirar pesquisadores e educadores em todo o mundo.

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Espero que a leitura tenha sido proveitosa e agradável. Volte sempre!

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