Entre Silêncios: a autodescoberta e a resiliência
- Mário Costa
- 7 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
Quando olho para minha vida há alguns anos, percebo como a solidão se tornou uma companheira constante, e especialmente intensificada após a pandemia.
Os vazios de vínculos que surgiram, provenientes de decepções que a vida trouxe à tona, revelaram verdades até então veladas a mim, e até mesmo sobre mim.
Foi nesses momentos de maior isolamento que me deparei com partes desconhecidas de mim mesmo, com pensamentos profundos e emoções antes ignoradas.
A solidão, por vezes forçada, me fez confrontar minhas próprias companhias, aprender a conviver com meus medos e incertezas, e descobrir uma nova camada de autoconhecimento.
Esses períodos de solitude me desafiaram a olhar para dentro, a encar meus "demônios" internos e a abraçar minhas vulnerabilidades. Com a ausência de distrações externas, encontrei espaço para refletir sobre minhas verdadeiras paixões, desejos e valores.
Descobri que a solidão pode ser um portal para uma conexão mais profunda comigo mesmo e com o mundo ao meu redor.
Apesar das dores e das decepções que a vida traz, percebo que a solidão me permitiu crescer, evoluir e encontrar uma nova apreciação pela pessoa que me tornei.
Nas profundezas silenciosas da solitude encontrei força, coragem e a capacidade de ressignificar minhas experiências, transformando a solidão em uma aliada na busca contínua pela autenticidade e pelo autoamor.
E esse autoamor, distante de ser egoísmo, é um movimento de volta pra si, estabelecendo valoração real a si mesmo.
Como amar ao outro se não se faz a experiência genuína de amar a si mesmo?
Desconfio de amores desprovidos de autoamor. Amor pelo outro sem amor por si é suicídio. Amor doação é diferente de amor negação.
Quem negar amar-se é ter-se como amante, aos poucos, desvia-se do único caminho da felicidade: o autoconhecimento!

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