Realidade comum a muitas pessoas, é querer ser como os outros são, ou ser como os outros querem que sejam. Pessoas "ideais" ou "idealizadas".É um grande e penoso desafio descobrir quem somos!Mesmo que alguém se engane a seu próprio respeito, não é uma tarefa nada fácil, ainda mais em meio a um turbilhão de vozes que ecoam de diferentes lugares, nos deixando perdidos em relação ao ser, ao estar, ao dever e ao querer. A tristeza, em algum momento (ou em vários deles) talvez nos cegue, nos ensurdeça, nos emudeça... uma alma triste estará concentrada em eliminar sua dor, mesmo que isso custe deixar de ser ela mesma.Nosso cérebro é programado para afastar a dor e o sofrimento e, por vezes, acaba criando mecanismos de defesa que nos afastam de nós mesmos, tentando sofrer menos a dor de ser quem se é (ou quem se deseja ser).
Muitas vezes é preciso sim, fechar os olhos e os ouvidos, mas para as vozes exteriores, passando a ouvir mais a nossa voz interior, que é quem pode nos revelar quem realmente somos e qual o nosso papel e lugar no mundo. Da mesma forma, o encontro da nossa essência, não sendo tarefa simples, exige atenção e zelo consigo mesmo. Uma vez realizado esse encontro, crescer e ser feliz são consequências.
Por isso, concentre-se em você, sem ser egocêntrico.Encontre você, sem perder ou se perder do/no outro.
Ame-se, sem ser narcisista.
Isso, certamente, trará leveza e clareza do que realmente importa e, consequentemente, maior felicidade.
É uma receita? Não. É um caminho possível, um convite a um novo modo de ser, que supera o estar no mundo.
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