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sobre Xenofobia e Divisões Sociais


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Em um mundo onde as palavras "nós" e "eles" parecem moldar nossas relações sociais, é importante explorarmos as raízes profundas desse fenômeno. Haveria uma tendência inata à xenofobia que permearia a trajetória evolutiva do Homo sapiens? Este artigo propõe uma reflexão imparcial pelo labirinto das divisões sociais, desafiando-nos a questionar as fronteiras que construímos entre "mocinhos" e "bandidos". Ao mergulhar nessa reflexão, encontraremos mais argumentos para discutir as complexidades históricas e as implicações contemporâneas dessas divisões, é claro, com vias à participação ativa na construção de uma sociedade mais inclusiva e compassiva (não passiva). Se a verdadeira evolução reside na quebra de paradigmas e na aceitação da riqueza que a diversidade humana oferece, encontramos no livro "Sapiens - Uma breve história da humanidade", Yuval Noah Harari uma jornada fascinante pela evolução do Homo sapiens e suas complexas relações sociais. Uma das observações mais intrigantes, em minha leitura, é a propensão inerente à xenofobia, uma característica compartilhada não apenas pelos sapiens, mas por diversos mamíferos sociais.

A palavra "xenofobia" pode parecer complexa à primeira vista, mas, desmembrando-a, encontramos "xeno" (estrangeiro) e "fobia" (medo). Logo, xenofobia refere-se ao medo ou aversão a pessoas ou grupos estrangeiros. Esse sentimento está enraizado em nossa história, alimentando a divisão entre "nós" e "eles".

Ao olhar para tribos como os dinkas, do Sudão, percebemos como a linguagem influencia nossa visão de mundo. Para eles, "dinka" significa simplesmente "pessoas". Assim, quem não é dinka automaticamente é excluído da categoria de "pessoa". Essa divisão se repete em diferentes culturas, como os "nuers" e os "yupiks", cada um se autodenominando como a única expressão legítima de humanidade.

No século XXI, reconhecer que essas divisões simplistas persistem em nossas sociedades contemporâneas é algo extremamente importante. Estamos constantemente propensos a criar fronteiras imaginárias entre "nós", considerados os "mocinhos", e "eles", rotulados como os "bandidos". No entanto, a verdade é que essa dicotomia não nos leva a um lugar construtivo.

A xenofobia, embora profundamente enraizada em nossos instintos evolutivos, não é desculpa para perpetuar essas divisões. Ao contrário, é um chamado à reflexão e autorreflexão.

Como podemos superar a tendência de classificar pessoas como "nós" e "eles"?

A resposta está na aceitação da complexidade humana. Reconhecer que cada indivíduo é único, com sua própria história, valores e perspectivas, é o primeiro passo para desconstruir as fronteiras que criamos. Em um mundo interconectado, a diversidade é uma riqueza, não uma ameaça.

Na próxima vez que você se deparar com pensamentos ou atitudes xenofóbicas, é essencial questionar essa barreira mental. Afinal, a verdadeira evolução vai além de nossos instintos primordiais. Ela reside na capacidade de transcender as diferenças, promovendo a compreensão mútua e a coexistência pacífica.

Que cada um de nós possamos refletir sobre como contribuímos para a construção ou desconstrução de fronteiras sociais. Ao reconhecer a complexidade desse dilema, poderemos cultivar uma sociedade mais inclusiva, onde a empatia e a compreensão substituam o medo do desconhecido. A verdadeira evolução não está na superação dos nossos instintos, mas em abraçar a diversidade como uma força unificadora. Gostou do texto? CURTA, COMENTE, COMPARTILHE!

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profMárioCosta

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