Estar só, nem sempre é estar sozinho. Em nós, bem aqui dentro, encontramos um pouco de carinho. Dos nossos, que trazemos conosco, estejam lá longe ou cá pertinho.
Nesse tempo de isolamento, que falta fazem os momentos. Aqueles em que o abraço era constante e intenso e, como remédio, ia curando, mesmo sem estarmos vendo.
Há coisas pelas quais passamos que ensinam, mesmo doendo. Não pode haver solidão, se trazemos tanta gente no coração, e estar sozinho não pode ser o mesmo que sentir solidão.
Assar um bolo e arrumar a mesa, devem ser um cuidado diário de quem tem a certeza, de que há muita gente que, com gentileza, sentaria à essa mesa e partilharia contigo o 'pão'.
Olhar para dentro é ver o movimento de quem, mesmo na lembrança, te devolve a esperança. Dissipa qualquer insegurança, o amor de quem se lança, ao encontro da esperança e da ressignificação.
E para terminar esses versos, desalinhados como o bolo do confeiteiro amador, só posso reafirmar rimando, que solidão se supera amando, estando longe ou estando perto, pois amor, sempre dá certo.
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