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Uma Realidade Aterrorizante

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Stalking

Uma Realidade Aterrorizante e suas Consequências para Vítimas e Perseguidores




Recentemente, o Brasil foi palco de um caso perturbador que evidenciou os perigos do stalking, prática criminosa de perseguição incessante e invasiva. Kawara Welch, de 23 anos, foi presa em Uberlândia por perseguir obsessivamente um médico de Ituiutaba, Minas Gerais.


O caso, que envolveu 42 boletins de ocorrência e atitudes alarmantes, destaca uma realidade que afeta muitas pessoas diariamente, causando danos profundos às vítimas e revelando distúrbios graves nos perseguidores.


As vítimas de stalking, como o médico de Ituiutaba, sofrem não apenas com a invasão de sua privacidade, mas também com o constante estado de alerta e medo. A perseguição constante, que inclui a presença física em locais frequentados pela vítima e o envio de centenas de mensagens e chamadas telefônicas, impacta gravemente a saúde mental e emocional das vítimas. No caso de Kawara Welch, o médico relatou ter recebido 1.300 mensagens e 500 ligações, além de ser seguido por ela em diversos ambientes.


Esse tipo de perseguição pode levar a ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e outros problemas psicológicos. As vítimas frequentemente se sentem impotentes e isoladas, temendo pela própria segurança e de seus familiares.


A insistência do stalker em se aproximar pode resultar

em episódios de violência, como invasões de domicílio

e agressões físicas, agravando ainda mais a situação!

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No caso mencionado, a vítima relatou que a perseguição se estendeu também a sua família, com ameaças inclusive ao seu filho de 8 anos.


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Os indivíduos que se engajam em práticas de stalking muitas vezes sofrem de graves distúrbios psicológicos. No caso de Kawara Welch, as investigações apontam que ela desenvolveu uma obsessão pelo médico, acreditando falsamente em um relacionamento amoroso inexistente.


Esse tipo de comportamento pode estar ligado a transtornos como a erotomania, onde a pessoa crê que alguém, geralmente de status mais elevado, está apaixonado por ela.


A erotomania, também conhecida como Síndrome de Clérambault, é um transtorno psicológico raro no qual o indivíduo desenvolve a ilusão persistente e infundada de que uma outra pessoa, geralmente de status social mais elevado, está apaixonada por ele. Essa crença é mantida apesar da ausência de qualquer evidência concreta e pode levar a comportamentos obsessivos, como perseguição e tentativas incessantes de contato.


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A erotomania frequentemente ocorre em pessoas que têm dificuldade em estabelecer relacionamentos reais e pode estar associada a outros transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia ou transtorno afetivo bipolar.



O tratamento geralmente envolve terapia psicológica e, em alguns casos, medicação antipsicótica para ajudar a reduzir os sintomas e impedir comportamentos prejudiciais.


Esses distúrbios podem se agravar quando não tratados,

levando a comportamentos cada vez mais extremos e perigosos!


A necessidade de autoafirmação e a incapacidade de aceitar a realidade podem impulsionar o stalker a adotar medidas drásticas, que variam desde a perseguição virtual até invasões físicas. A defesa de Kawara alega que houve um relacionamento, mas a vítima e as evidências apontam para uma desconexão completa entre a percepção dela e a realidade.


Embora o caso de Kawara Welch tenha ganhado destaque, é apenas um entre muitos. O crime de stalking é mais comum do que se imagina, afetando pessoas de todas as idades e classes sociais. Muitas vítimas permanecem anônimas, lidando com o terror diário da perseguição sem receber a devida atenção ou proteção.


A legislação brasileira, que inclui o crime de perseguição no

Código Penal desde março de 2021, prevê penas de

seis meses a dois anos de prisão, além de multa.


A efetividade dessas medidas depende da denúncia e do acompanhamento adequado das vítimas, algo que ainda enfrenta muitos desafios.


O caso de stalking em Minas Gerais é um alerta sobre os perigos dessa prática criminosa e as graves consequências para as vítimas e os perseguidores. A obsessão e a perseguição não são apenas questões de desconforto ou irritação; elas representam ameaças reais à segurança e ao bem-estar psicológico das pessoas.


A sociedade e as autoridades precisam tomar medidas firmes para combater o stalking, oferecendo suporte às vítimas e tratamento adequado aos perseguidores, para que situações assim não continuem a ocorrer diariamente, com vítimas que muitas vezes sofrem em silêncio.

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profMárioCosta

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