Na releitura da conhecida metáfora da árvore que não dava frutos (imagem), refleti sobre muitos aspectos do que podemos fazer com os dons que temos e, por mesquinhez, ganância, espírito de pequenez, não queremos dividir os frutos, antes mesmo que eles nasçam. Analisando pelas duas óticas, pude refletir aspectos interessantes: - A ótica do irmão que se dedica ao cultivo, e se dispõe a doar o que tem de melhor ao irmão fazendeiro, destacando que esse partilha o dom recebido com os seus; - A ótica do irmão que recebe gratuitamente, mas se fecha na posse egoísta do dom recebido. Em nossas vidas, podemos perceber quanto fomos agraciados com dons e talentos, e podemos ver ainda quantos deles plantamos em lugares errados. O sentimento egoísta é desenvolvido em nós desde pequenos, normativamente, por sermos animais e termos instinto de sobrevivência. Infelizmente, quando esse sentimento se converte em egocentrismo, passamos a nos enxergar como mais merecedores que os outros, sendo centro de tudo, e não parte de um mundo infinitamente maior que nós. Penso que a metáfora leve a perceber que, embora plantada em local errado, e sem produzir frutos, a árvore não morreu! Ela pode ser, mais uma vez, transplantada para o lugar devido, onde produzirá frutos na sua proporção, se for cuidada todo santo dia. Façamos assim com nosso 'pomar' de dons e talentos... replantemo-nos em terras férteis!
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